Tábita Zimmermann Dorneles – Vocare -Brasil 🇧🇷

 

Como nasci em um lar cristão, desde cedo pude aprender sobre “as coisas de Deus”. Quando eu tinha 4 anos de idade meus pais perguntaram se eu queria que Jesus morasse em meu coração e eu disse SIM (e, a partir disso, em todas as aulas da escola bíblica em que os professores faziam essa mesma pergunta eu sempre levantava a mão… até ter o entendimento de que eu JÁ pertencia a Jesus).

Generosidade

Morei (com meus pais e minha irmã) até meus 20 anos de idade mais ou menos, em um bairro simples na cidade de São Leopoldo, RS. Porém, como minha família era de uma classe social mais alta, tínhamos uma casa grande e carros muito bons (em comparação à vizinhança). A igreja em que participávamos era quase na esquina de casa, e como meus pais eram influentes nela (afinal, foram eles o casal que deu início a ela), sempre estavam envolvidos em alguma coisa, ou com algum irmão… Mas o que sempre me chamou mais atenção era de que meus pais eram muito generosos, não apenas no tempo que despendiam, mas principalmente em relação ao dinheiro.

Meu pai é a 2ª geração de uma empresa familiar. Por ser o sucessor (herdeiro) da(s) empresa(s) que meu avô fundou, ele pôde levar alguns “valores do Reino” para os seus negócios, sendo um deles o de investir parte dos rendimentos atingidos pela firma em missões, em pessoas, etc. A importância disso (de ter capital para dedicar/aplicar no Reino de Deus aqui na terra, visando o céu) eu entendo melhor hoje, com 26 anos, e sendo parte da 3ª geração da empresa, trabalhando e auxiliando meu pai. Mas, para eu ter essa compreensão, o Senhor teve que me “cutucar”/chamar a atenção várias vezes…

Qual a minha vocação?

Com 17/18 anos, após eu terminar o ensino médio, fui trabalhar com meu pai e comecei o curso de administração de empresas na faculdade (antes de começar administração fiz 1 semestre de psicologia, mas desisti). Eu era muito insegura em relação a minha vocação, não conseguia ter a certeza do que Deus queria da minha vida, mas sabia que não podia ficar parada.

E assim fui seguindo minha vida, estudando, trabalhando e ajudando na liderança do grupo de adolescentes da igreja (em 2009 nos tornamos parte de uma igreja em Canoas – RS).

Em 2011 minha família e eu fomos visitar uma família de missionários em Guiné-Bissau e, a partir dessa visita, consegui entender um pouco mais sobre o que é ser missionário. Quando voltei para casa, comecei a me perguntar se eu teria o chamado para ser missionária em outro país, e se eu teria capacidade para isso, se Deus assim quisesse.

Em 2014 fui em um acampamento Underground, do Portas Abertas, onde pude “sentir na pele” um pouquinho do que passa um missionário/cristão que vive em um país da Igreja Perseguida. Saí do acampamento abalada e impactada, pois me dei conta de como muitas vezes eu era fraca na fé e me deixava abater por coisas simples e, principalmente, de como eu tinha vergonha de falar do Evangelho para as pessoas ao meu redor. E cada vez mais me questionava sobre minha VOCAÇÃO, e o que Deus queria da minha vida… e tudo parecia cada vez mais abstrato.

VOCARE

Mas, no meio destes muitos questionamentos, o Senhor me deu um grande presente: meu esposo (casamos em fevereiro de 2017). E, mesmo com nossas diferenças, começamos então a pensar e sonhar juntos com o nosso futuro e com o que Deus queria de nós dois como família. Em abril de 2017 fomos em um evento para jovens chamado VOCARE. Eu nunca tinha ido nesta conferência, mas todas as pessoas que eu conhecia que tinham ido haviam falado que não tinha como voltar igual de lá. E eles estavam certos!

O Movimento Vocare tem a seguinte missão: mobilizar e conectar adolescentes e jovens cristãos na Missão de Deus. Como? Encorajando-os a descobrir seu chamado e aproximando-os das oportunidades de serviço que Deus tem dado à igreja brasileira. A AMTB consegue reunir dezenas de agências missionárias com trabalho efetivo em diversos lugares do Brasil e do mundo, nas mais diferentes áreas de atuação. Eles querem que o vocacionado descubra os “campos brancos” e tome a coragem de adentrá-los, seja em seu ambiente de estudo, trabalho ou, especificamente, em um campo missionário transcultural.¹

Ter participado deste evento foi muito importante para mim. Não que eu tenha saído de lá com todas as respostas (acho que saí até com mais perguntas), mas foi lá que o Espírito Santo começou a abrir os meus olhos para perceber que Deus poderia me usar no meu trabalho, na empresa que eu faço parte. Afinal, é MUITO importante IR fazer missão nos locais onde o Evangelho ainda não chegou, ou está estático (e eu tenho esse sonho de quem sabe um dia Deus queira usar eu e meu esposo em missão integral), mas também é importante levantar recursos para os que estão dedicando as suas vidas para isso, e de que não é vergonha poder trabalhar para sustentar sua família e ter fundos disponíveis para auxiliar outras famílias – digo isso pois durante muito tempo tive vergonha de nunca ter passado por necessidade, sempre ter vivido de uma maneira confortável financeiramente. Constrangedor seria não fazer nada (não ir, não ajudar financeiramente e, principalmente, não orar).

Um jovem, ao falar sobre o Vocare, disse o seguinte: “Na verdade, o Vocare me ajudou a compreender que vocação pode ser substantivo, mas se expressa melhor como verbo: caminhar. E a cada passo que damos nessa jornada, novos, diferentes e coloridos nuances desse chamado de Deus, e da própria pessoa de Deus, vão se revelando e aprofundando. Não sem medo, dor e sofrimento, claro. Vocação tem poesia, mas também tem choro, pé no barro e joelho no chão. Por isso, assumir a caminhada da vocação com toda a nossa humanidade e limitações, significa dispensar a pressa, convidar a calma e a constância para pisar na estrada com pés firmes, encharcados de fé, coragem e esperança naquele que nos chamou e nos vocacionou. Entendendo que não precisamos ter um mapa com todos os detalhes do percurso, afinal, mais importante que conhecer o caminho é conhecer aquele que nos guia”.²

E é isso mesmo! Dois anos depois de ter participado deste Movimento tenho consciência de que estou “caminhando”, não sempre como eu deveria, mas (com a graça e ajuda de Jesus e do Espírito Santo) nunca retrocedendo!

A Conferência do VOCARE é realizada todos os anos, na cidade de Maringá no Paraná. Este ano será dos dias 20 a 23 de Junho. 

Saiba mais sobre o VOCARE (inscreva-se)

¹ https://vocare.org.br/

² Phelipe M. Reis: http://ultimato.com.br/sites/blogdaultimato/2018/06/06/o-que-o-vocare-me-ensinou-sobre-chamado-e-missao/

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